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Entre janeiro e junho, o Metrô teve redução de R$ 730 milhões em sua receita. Em 2019, neste período, as entradas haviam sido de R$ 1,54 bilhão. Em 2020, com uma queda de 65% no número de passageiros, a receita foi de R$ 812 milhões, segundo dados do Portal da Transparência. No momento, a operação acumula um prejuízo superior a R$ 365 milhões.
A decisão sobre o corte de salário foi informada aos funcionários na noite de quinta-feira, por uma mensagem enviada pelo e-mail corporativo. O texto afirma que “o salário do mês de julho será processado no dia 31 de julho com redução de 10%”. A diferença será paga, diz o texto, “tão logo haja receita”, sem fixar uma data.
Wagner Fajardo
Wagner Fajardo, Coordenador Geral do Sindicato dos Metroviários de SP afirmou que “O governo do Estado e a direção do Metrô, são os responsáveis pela greve, pois além de retirar direitos dos metroviários, ainda ameaçam reduzir os salários neste mês de julho. Tudo isso, sem nenhum diálogo com os trabalhadores e o Sindicato.
Os metroviários são a única categoria do funcionalismo paulista que terá atraso salarial. A categoria vinha em uma negociação trabalhista por melhorias, pois está ainda em campanha salarial mas, até agora, o Metrô havia evitado a greve. Com o atraso de pagamento, os metroviários fizeram assembleia ontem e decidiram pela paralisação.
A empresa não recebe auxílio direto do governo porque, formalmente, não é uma estatal. É uma empresa de economia mista que faz parte da administração indireta.
Negociação
Segundo o sindicato da categoria, haverá audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) marcada para segunda feira, dia 27/07. O sindicato lembra ainda que a data base da categoria é 1º de maio, e até agora os metroviários seguem sem assinatura de acordo com a companhia.
Fonte: Com O Estado de São Paulo
Imagem destacada: Foto: Renato Lobo/viatrolebus