Péssimo – A decisão é criticada pelo sindicalismo. A Agência Sindical entrevistou Miguel Torres, presidente da Força. Ele critica: “A permissão de ampliar esse tipo de contrato para todas as funções legaliza o bico. Em qualquer área que ela for aplicada será prejudicial à classe trabalhadora”. Segundo Miguel, todos saem perdendo. “A modalidade precariza ainda mais a relação capital-trabalho. A própria empresa perde e o trabalhador tem seus direitos lesados”.
Padeiros – Presidente do Sindicato dos Padeiros de São Paulo e dirigente nacional da UGT, Chiquinho Pereira também deplora a decisão do TST. Ele comenta: “O prejuízo ao trabalhador é claro. Na verdade, querem reproduzir o que já praticam com o banco de horas, que virou uma forma de o empregador não pagar as horas extras feitas pelo funcionário”. Para o dirigente, o empresariado tentará forçar a mão e ajustar a jornada intermitente também ao setor industrial.
Advogado – Para João André Vidal, advogado da Federação dos Comerciários no Estado de São Paulo, é preciso uma ação sindical forte a fim de impedir a precarização. Ele argumenta: “Só a Convenção Coletiva de Trabalho poderá proteger o trabalhador ante essa legislação. É fundamental a pessoa ter consciência e fortalecer seu Sindicato”.